domingo, 25 de novembro de 2012

A tua voz

Deixo que a tua voz
seja a do silêncio
onde nos encontramos;
uma vida, dois destinos,
mil e uma vontades
nos gestos implícitos.
Deixo-te por uma -só - vez
o plural sentido
em que te canto:
só tu, e tu, e tu
e o meu delírio.

Paula Raposo, a publicar lá para 2054...



sábado, 17 de novembro de 2012

Convites

" despida de medos, nua de preconceitos, esta é uma poesia que se come no apetite da leitura, no delírio da intimidade, no parir da originalidade."


João Videira Santos, in prefácio de 'o laço impenetrável do silêncio'.

sábado, 10 de novembro de 2012

SILÊNCIO

Nada mais perturbador
para os sentidos vivos
que ainda sei sonhar
de que o silêncio,
ao longo dos ponteiros
dos relógios,
nos calendários
onde dias e noites
são cortados a fio
sem remorso,
com a caneta esfarrapada
de tanto uso insentido...

Nada de tão perturbador
como o silêncio
que compadece os sonhos
e os mata à nascença,
deita-os no lixo
sem remorso,
em cobardia silenciosa.
Hoje,
QUERO QUE SE DANE O SILÊNCIO!

Paula Raposo in ' o laço impenetrável do silêncio' - contracapa - Chiado Editora, 2012.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ROTAS

Das minhas mãos partem
águas, rotas, destino errante;
da minha boca
soluços por naufragar,
ritmos, beijos sem regresso.
De mim, morrem amores,
rios e ternura desfeita.
Sou um ténue compasso
num piano desafinado.

Paula Raposo in ' o laço impenetrável do silêncio', pág.65 - Chiado Editora, 2012.
Foto de José Alex Gandum http://omeusofaamarelo.blogspot.com

Novo espaço

Em substituição do meu espaço anterior http://romasdapaula.blogspot.com inicio este.