terça-feira, 2 de julho de 2013

OMBREIRAS


Encosto-me à ombreira da porta

como que esperando - ou não - o voo dos pássaros

que sempre acontece deste lado do oceano.



Em silêncio, sem me mexer, respirando baixinho

é junto à ombreira da porta que eu espero

- ou não - as marés que sempre acontecem

deste lado da vida.



Por aqui passam esperados voos e marés

e sempre nos detemos esperando

o que de esperado nada tem

pois é tudo tão inesperado

quando nos encostamos às ombreiras das portas.   Paula Raposo - Junho de 2013.