quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sem título

Sento-me na única cadeira da sala.

Cansada de aprender como somos impotentes
ou como não existem mais palavras a dizer.

Quando resta uma única cadeira
numa sala vazia de móveis,
esgotam-se as hipóteses de fuga.

Paula Raposo - Maio de 2014.

5 comentários:

  1. poema com ressonâncias teatrais - Ionesco, talvez.

    gostei do poema (apesar da carga niilista)

    beijo

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  2. Gostei muito, apesar de algo depressivo.
    Beijos

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  3. Há sempre um ponto de fuga em qualquer canto...
    Um beijo, Paula

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  4. Bem, Paula, assim não há porta aberta por onde sair...
    Beijinho para ti!

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  5. Foi há muito que aprendi a utilizar os dentes para fazer um lenço em farrapos...!
    Foi há muito que aprendi o que é uma casa vazia e esperar que uma aporta se abrisse e uns braços me apertassem com alegria...!
    Por isso compreendo.
    Gosto dos seus poemas, e quantas vezes os leio sem deixar uma palavra!
    Hoje não resisti...!

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